segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Não mais por muito tempo, voltei!


Estou eu voltando como sempre à rotina que tanto me embrulha o estômago. Que mulher estranha! O que bulhunfas eu estou fazendo aqui? Alguém pode me explicar? Aquelas cadeiras acolchoadas de azul marinho me desestimulam tanto quanto o lugar e o assunto abordado. Parecia como sempre que eu era a única perdida naquela sala quadrada. E comecei a reparar nas paredes, na falta de móveis e no mau gosto do lugar. Como de costume assumi meu posto de voadora! De repente a voz falando não mais era a mesma. Volto de meus devaneios e começo novamente a ouvir do que se trata o assunto. Que revolta a dele! Porque isso? E parece que agora todos estão inquietos e ela, se altera, grita, faz um bico depois calmamente tenta contornar a situação. Tarde demais, os dois servem de chacota para os presentes. E ela volta ao assunto, falando qual a roupa adequada para usar. Da ética profissional e tudo mais. Que eu lembre, acabou de ter um ataque com sei lá o quê, ou seja, falta de ética. Tudo bem. Outra ao seu lado repete sobre o que vestir, diz não ter haver com vaidade, diz não se importar com isso. Não? Caso esteja errada me corrija! Mas esse blazer que está usando está em alta, mesmo não combinando com nada do resto do figurino, o blazer foi de bom gosto, mas as peças parecem não casarem. Continuam falando muito e quase nada importa, e eu mais uma vez cansei de prestar atenção. Voltei a imaginar coisas, que nem eu sei o que eram, mas estavam me mantendo quieta naquele lugar por mais um tempo. Peguei o cel e digitei uma mensagem que havia planejado enviar dois dias antes e passou pelo sentido. Enviada. Olhei o cel por mais alguns segundos esperando que algo acontecesse. Nada! Lembrei que sabia o número de cabeça, de tanto discar, mas não estava em minha agenda. Resolvi gravar. Se um dia alguém precisar... Mas quem iria precisar de um número na minha agenda? Deixa pra lá, gravei mesmo assim. Ouço alguém perguntar se estou entretida mais uma vez com jogos no cel. Ao meu lado, uma delas também nada interessada no assunto passa o tempo olhando o que estou fazendo, e responde: “Não ela ta fazendo outra coisa”.

O tempo parece não passar, lembro que não comi antes de sair de casa. E agora sei que o embrulho no estômago é isso. E é o que tira minha atenção no momento. Fazem um sorteio, para saber quem ficará responsável por cada grupo. E eu, desejando com todas as minhas forças que fosse alguém agradável. Recordei-me mais uma vez daquele incidente desagradável que nosso grupo passou a pouco tempo. “Entre amores e desamores, fiquei com os desamores!” Essa frase martela em minha cabeça. Desejei entender o significado daquilo, não consegui, agora prefiro acreditar que o erro não tem nada haver comigo. Fiz minha parte, estou de alma lavada. E pra falar a verdade até gostei da experiência! Agora tudo começa outra vez, e obrigada ao tempo veloz, se aproxima do fim. E pra mim, um recomeço!

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