quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Não é sempre assim, mas mesmo não sendo, ainda quero que seja você!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

domingo, 24 de outubro de 2010

Certas coisas

Não existiria som

Se não houvesse o silêncio

Não haveria luz

Se não fosse a escuridão

A vida é mesmo assim,

Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz

Tudo o que quer dizer,

Tudo o que cala fala

Mais alto ao coração.

Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado,

Como quem ouve uma sinfonia

De silêncios e de luz.

Nós somos medo e desejo,

Somos feitos de silêncio e som,

Tem certas coisas que eu não sei dizer...

Lulu santos

sábado, 16 de outubro de 2010

Queria a liberdade de um sorriso sincero, de um abraço apertado que nada coubesse no meio, nem mesmo saudade. Palavras doces, as quais jamais ouvi. Carinho num dia qualquer. A cura invisível da presença quando mais preciso. Um brinquedo novo. Um travesseiro aconchegante. Apoio nas decisões que ainda irei tomar. Força pra seguir em frente. Uma mão quando cair. Sonhei com lágrimas de felicidade pelas minhas conquistas. Um eu te amo sem fachada. Um biquíni novo e aquele vestido da vitrine que me negaram um dia. Saber o que fazer quando tudo parece parado, sem solução e sem escolha. Queria ser mais eu, sem vergonha, sem medo, sem juízo. Mais veneno pra temperar a monotonia. Gostaria do reconhecimento ao menos uma vez, pelo que fiz de certo. E talvez uma vez, consolo pelo que fiz de errado. Aprender a perdoar. Esquecer o passado, deixar as coisas rolarem. Ser mais segura, menos inconstante, mais confiante. Queria ser meu sorriso e as lágrimas no dia em que for independente de verdade.

domingo, 26 de setembro de 2010

Mas ela diz que apesar de tudo ela tem sonhos,

Ela diz que um dia a gente há de ser feliz

Se Deus quiser!

Janaína (Biquini cavadão)

domingo, 12 de setembro de 2010

Péssima atriz

Só queria alguém, não sei quem, mas queria... Já que não consegui a troco por um tempo. Um tempo pra que!? Pra mim. Não, não preciso pensar. Ando pensando tanto que não sou mais a mesma. Nada de impulsividade, euforia, histerismo. Mesmo assim, continuo não sendo nem um pouco atriz. Ainda não sei fingir. Mudei mesmo, dessa vez a coisa toda tá diferente. Muita gente nem percebeu sabe! Eu é que sinto isso. Agora não sei mais se ando sentindo errado ou se o costume daquela criatura explosiva tomou conta da situação. A sensibilidade a flor da pele deu também um tempo, e ultimamente sou meio fria, meio calculista, ou mais. Resumindo! To me sentindo meio estranha, um peixe fora d’água.

E pra completar não só eu mudei, aquele que comento tá mudado também. E como ando confusa nem sei dizer se é pra melhor. Sei que não gostei. Ou não me acostumei ainda. Ele sempre tão caloroso, “serzinho” aconchegante, anda distante. Sinto que a convivência meio que diária extrapolou um pouco uma coisa de um para o outro. O problema é que enquanto eu falava tudo que não devia, ele ouvia, engolia e passava. Agora sou ouvinte, e não passa! Ta doendo cada vez mais, a ferida ta sendo cutucada e parece inflamar um pouco de cada vez. E a dor de tão forte anda percorrendo além dos limites da cicatriz.

Talvez só não esteja acostumada com mudanças, e tantas acontecendo assim de uma vez só tomba um pouco a vida. Só queria não deixar que me machuquem tanto assim. Mais alguém não. Achei que estava tentando, e mais que isso que estava conseguindo algo diferente. Mas as coisas parecem estar regredindo a um nível mais baixo que começou. E o único bem, não é tão bem assim. Ele que me ouvia atento, hoje critica até meu silêncio que tanto pediu.

E mais. Não mais aceita minha personalidade forte de que tanto me orgulho, conseguida com esforço que só eu sei, nem as vontades, nem meu sonho, que de tão antigo estava esquecido, e minha dor parece não mais importar, não fazer tanta diferença assim, talvez tenha se tornado também banal assim como tantas outras coisas (sentimentos), e eu e ele, tá tudo evoluindo pra uma regressão do cuidado que tanto apreciava. Meus conselhos antes tachados como bons, dignos de futuro, agora passaram a ser nomeados “crítica”.

E o tempo que preciso nem é tanto assim pra mim, só quero ver se a ferida fecha um pouco, torna-se menos exposta, menos acessível. Enfrento melhor as coisas, quando pareço mais forte.

Conto

Enquanto todas elas sonham em serem princesas de seu próprio castelo. Com príncipe, fadas, sonhos, cores e flores. Ela anda tentando apressar os passos pra não perder a carruagem, não deseja sentar-se no aconchegante espaço interno, levemente acolchoado e coberto de cetins e franjas. Essa pressa que envolve suas pernas deseja chegar até as rédeas. E Conduzi-la.

Alternar os caminhos, seguir por onde tiver vontade. Passar das conversas nem sempre oportunas do interior da carruagem, para o doce cheiro do vento banhado da liberdade. A liberdade que parecia tão distante, foi encontrada no lado de fora, tão perto. No banco da frente! Por ela abriu mão do conforto, dos cabelos sempre arrumados, da maquiagem intacta durante toda a viagem, das roupas impecáveis, sempre elogiadas e até invejadas.

Respira fundo a cada passo longo, tenta a cada batuque do sapato no chão recuperar o fôlego e chegar mais perto. As rédeas balançam contra o vento dificultando tocá-las. Pensa em desistir quando o coração acelerado começa a mostrar sinais de fraqueza, parece parar e retomar o fôlego como se tivesse acabado de começar a correr.

E ao segurá-las sentada sob o cavalo, como tanto desejou, o sorriso largo esconde a mágoa no peito. Sorri como se nunca houvesse sorrido antes, o sol forte queima a pele clara e lembra o quão suave parecia do lado de dentro. Mas mesmo sabendo que a solidão rodeia o posto de condutora... Ela agora parece mais perto de si. No tão sonhado reino: liberdade!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Saber Conhecer

Perguntas. Respostas... E novamente perguntas! Admiro inconstantemente palavras. Excepcionalmente as ditas, de maneira suave, fluida, as incessantemente pensadas, faladas com a precisão de quem sabe o porquê, quando, onde e a quem dizer. Questão de inteligência. Pense. E explore seu consciente, subconsciente, ouse ir o mais longe sua mente se permitir explorar.

Como dizem os sábios: “Beleza atrai, conteúdo prende!” Não apenas o conteúdo predeterminado que adquirimos com os livros, assuntos abordados em escolas, universidades, bibliotecas e acervos. Esse tipo de conhecimento é fácil, acessível, muitos o têm, mas quanto mais explorar VOCÊ mais sábio será. Independente no que for, seja bom! Bom o bastante para se sentir elogiado interiormente. Faça! E ao terminar sinta que está bom o bastante para sentir o elogio vindo de seu próprio senso crítico. Não importa quantos te digam que está muito bom. Se você mesmo sente que pode estar melhor. Refaça!

Inteligente não é aquele que te prende a atenção durante uma ou duas horas em uma palestra sobre algo que ele explorou por anos e sim aquele que diz duas palavras e te faz lembrá-las por toda vida. Ouço falar em bons advogados, escritores, médicos, pessoas que durante anos aperfeiçoaram seu conhecimento e hoje fazem dele profissão. E tiro como exemplo o que aperfeiçoa não o reconhecimento e sim o que refaz todos os dias o amor pelo que faz.

Ouço atenciosamente aqueles que exalam inteligência no olhar, no vestir, no passos cansados de um dia difícil, olho-os com atenção, muitos levam a paz em gestos simples. Pessam sobre si mesmos, em ser melhor, continuar querendo o que hoje tem: vontade!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Sobre estar feliz

Há tempos não me dedicava ao que me dá impulsão, o dom sempre mencionado de criatividade. A empresa em que tornei minha vida aliada cansava-me cada segundo física e mentalmente. E pouco a pouco o medo de errar foi sendo substituído pela vontade de crescer. Queria encaixar um “mais” literal em tudo que me regia... E aqui estou. Obcecada por um hoje, por tudo que antes me fazia chorar e algo mais, um TOQUE DE PIMENTA que admirei por, quem sabe, sempre! Dedico agora o acelerado tempo ao que me circula, com prazer no que faço. Feliz por ter chegado aonde cheguei e decididamente ansiosa, como sempre, ao que me espera.

Elas resolveram darem-se as mãos e me seguir, de uma vez só, sim a felicidade e a paz, que ainda não sabia onde tinham ido parar, novamente visitam meu destino. Os passos antes apressados seguindo cada segundo programado, não se tornaram brandos, agora são mais rápidos ainda, o som do salto ressalta o ar de segurança com que piso agora. A mente como sempre se dedica ao quebra-cabeça sem fim, tentando incessantemente conduzir cada pecinha ao lugar certo e sempre parece ter alguma faltando. Perfeccionismo! Acreditei que um dia ele deixaria de parecer simples implicância e me serviria como benefício. Hoje cada detalhe com que me preocupei e para muitos pareciam não importar tornou-se destaque no que faço.

E ando me deliciando a essa festa dentro e fora de mim. Tudo parece dar voltas e voltas, e eu me mantenho firme, inabalável a tanta novidade. Pensei ser longo e árduo o que me esperava, e um dia, talvez seria assim repleta, cheia de vida como já fui. Mas esse dia perece ter chegado. Sou consciente de que não será fácil, mas algo dentro de mim prometeu ter coragem de enfrentar alguns muitos desafios. E as músicas que ouço independente do que falem me fazem sorrir enquanto olho o vazio que passa pela janela, à cada movimento que faço, lugares e coisas que vejo me inspiram novidade. Minha criatividade parece ter acordado de vez e agora acompanha meu ar de euforia.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Meu nome é mulher

Eu era a Eva

Criada para a felicidade de Adão

Mais tarde fui Maria

Dando à luz ao Salvador

Mas isso não bastaria

Para eu encontrar perdão.

Passei a ser Amélia

A mulher de verdade

Para a sociedade

Não tinha a menor vaidade

Mas sonhava com a igualdade.

Muito tempo depois decidi:

Não dá mais!

Quero minha dignidade

Tenho meus ideais!

Hoje não sou só esposa ou filha

Sou pai, mãe, arrimo de família

Sou caminhoneira, taxista,

Piloto de avião, policial feminina,

Operária em construção...

Ao mundo peço licença

Para atuar onde quiser

Meu sobrenome é COMPETÊNCIA

E meu nome é MULHER!

Autor desconhecido

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pé de nabo

Ser assim é uma delícia
Desse jeito como eu sou
De outro jeito dá preguiça
Sou assim pronto e acabou

A comida de costume
Como bem e não regulo
Mas tem sempre alguns legumes
Que eu não sei como eu engulo

Brincadeira, choradeira,
Pra quem vive uma vida inteira
Mentirinha, falsidade,
Pra quem vive só pela metade

Quando alguém me desaponta
Paro tudo e dou um tempo
Dali a pouco eu me dou conta
Que ninguém é cem por cento

Seja um príncipe ou um sapo
Seja um bicho ou uma pessoa
Até mesmo um pé-de-nabo
Tem alguma coisa boa

Palavra Cantada

Futura contradição

Desejei fundo que não fosse você. Esperei o tempo passar, brinquei comigo mesma tentando brincar com um nós, me magoei tentando magoar você. Esperei não mais me procurar, e não ouvi ninguém mais dizer: “ele está apaixonado!”

Hoje ando complementando o que falta e esperando não chegar o dia de ouvir: “Não te quero mais!”

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meio a meio

Olhei pra ela esperando encontrar o sorriso estampado, rasgado no rosto sincero que costumava ter, encontrei um olhar ansioso por algo que agora dificilmente eu via acontecer. Ela que gostava de um mimo, um gesto, um dengo, um jeito carente que ele proporcionava, apareceu com um outro, meio brinquedo de exibição, parado no tempo e no espaço, meio lindo ao mesmo tempo torto, estranho e até um pouco desconfiado. Ela o olha sem ância, parece passivo. Não fluía mais a brisa suave que conectava os lábios. Era meio que ímã esse novo contato, mas ao contrário da bela união de opostos aparentava mais a repelência de ambos os lados. Agora iguais. As palavras dela mudaram da maciez de um amor, para o viver o agora, e o amanhã que tanto estimulava ambos, dessa vez ousou ir embora.

Parece que ela ainda espera que ele volte, se redima do erro, assuma a angustia dos dois e tudo volte a ser assim: intenso. Eles eram diferentes, de sintonia harmoniosa, brigas constantes e abraços afogados de desejo. Costumávamos presenciar os encontros tão cheios dele e dela, preenchendo o ambiente com presença, perfume e certo sarcasmo.

Comentamos de vez em quando o quanto parece estranho realmente o que ela se tornou, o nome dele aparenta incomodar, dói fundo. Ela se retorce na cadeira quando tocamos no assunto, vira indiscretamente pro lado. Não consegue conter, espera que ele esteja lá, de novo, sozinho e triste por não tê-la. Lembro do sumiço que ele deu. Proposital, não querer vê-la novamente foi usado como solução. Minimiza a dor num bar, numa banda, num copo de líquido, contanto que tenha álcool, afogar a mágoa, afogar ele mesmo pra não precisar sentir tanto apreço por alguém que não mais te convém.

Agora tudo muda, entre amigos, inimigos e entre todos nós. Policiamos-nos de vez em quando pra não magoar ninguém, mas até assim parece inevitável. Nossa presença já é o bastante. É recordação. Cada um de nós machuca um pouco a ferida de cada um dos dois.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cicatriz

Desejei fundo saber o que dizer! Mas palavra nenhuma, sentimento nenhum parecia se encaixar no que eu sentia. E a parte que me coube foi o que mais me magoa. Minha boca era silêncio. O timbre da sua voz roca parecia estridente, quase ensurdecedor, abrindo novamente a cicatriz. E as palavras inoportunas ditas mais uma vez por quem eu menos esperei ouvir: “Estranha!” A maquiagem se desfazia com o vento frio que soprava. Os olhares que me cercavam confirmavam convictos de que ele tinha razão. Acompanhavam-me repetindo o que eu não esqueceria por dias: “Estranha!”

E não mais palavras, não mais resposta. O que parecia paz, bem nas minhas costas virava vulcão e começava a estremecer tudo que achei ser porto seguro. Os planos em vão, a surpresa agora tão inoportuna. Deixei passar, como se não fosse de mim pra você.

Pensava ser doce o amargo que você sentia ao me ver. A leveza que me rodeou por um bom tempo desaparecia durante o monólogo, e por mais que me esforçasse para não absorver o que ouvia a carga de ter errado começava a pesar novamente. Enquanto a noite virava madrugada revirei o baú tentando resgatar acontecimentos passados e toquei no fundo vazio. Um vazio que parecia não existir pra você, talvez porque esqueci que guardar essas lembranças, ou você guardou-as por mim sem mostrá-las sem referir que existiam. E agora ao devolvê-las não consigo carregar.

E lembranças que pareciam saborosas na casca, começam a se abrir em suculentos desarranjos. Minha memória havia se acostumado a se imaginar sem falhas e isso soava música suave em minha vida meio conturbada. Agora tudo aprece voltar a constante incerteza de antes.


sábado, 14 de agosto de 2010

Entre amigos e amores

Confesso, não soube diferenciar de cara. Diziam-me muitos, que os melhores amigos um dia poderiam se transformar em nossos grandes amores, e eu claro, sempre incontestável, recusava-me a acreditar que fosse verdade. E desculpe-me quem insiste em repetir, mas eu estava certa! Dessa vez não preciso ir contra minha teimosia incansável que coordena tantos assuntos.

Os amigos se misturam a nossa vida de um jeito delicado, cauteloso, com medo de sair e sem medo de entrar, e assim permanecem por longas datas e caso sejam os melhores, serão pra sempre mesmo que distantes, mesmo que ausentes, a gente apenas sente que foram e sempre serão amigos.

E amores, são amores! Entrelaçados em formas e sentimentos diferentes insistem em penetrar em nossa vida, de um jeito ou de outro. Pela saudade, rancor e mesmo amizade. E um bom, e nada acessível amigo. Para ir contra tudo que eu acreditava ser verdade! Não, não estou me contradizendo. Não apaixonei por um amigo, descobri que essa foi à forma que ele (o amor) resolveu desorganizar minha vida. Primeiro a repulsa se tornou amizade, esta começou a se desenrolar em confiança, e na distância saudade, e na saudade necessidade e assim os sentimentos rapidamente se multiplicam. Acabei perdendo o controle da coisa toda, transformações aconteciam de forma exponencial, tão rápido que não pude conter. Acontece!

Recusamos-nos de todas as formas a aceitar! Desapegados de lema cravado. Os programas passavam por nós despercebidos de doze para meia dúzia, até percebemos que eram apenas casais. Estávamos sempre metidos em mãos entrelaçadas e conversas particulares, tudo que não nos diz respeito. Até que chegamos a dois, não a sós, mesmo acompanhados de tantos outros éramos apenas os dois. Por telefone, por beijo, pela saudade, unidos de algum jeito a amizade inventava desculpas pra não mais ser unicamente amizade.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Só isso, às vezes, basta!

Às vezes monotonia, às vezes euforia! Estar permanentemente com alguém tem disso, e tem mais, tem carência, tem afeto, tem falta de jeito, tem apreço pelo gesto. Deitada ao seu lado, tentando imaginar o que se passa em sua cabeça nesse exato momento. Bem que eu podia conter a curiosidade pelo menos dessa vez. Mas parece que o impulso de perguntar não passa pelo meu controle, a pergunta sai fluida, como se fosse instinto. E ele olha pra mim como se isso refletisse falta de assunto. “Em você!” - Pensando em mim fazendo o quê? “Nada, tava só pensando em você! E você, pensando em quê?” – Nada! Menti. Às vezes queria saber mentir tão bem sobre coisas quanto minto sobre meus pensamentos, na verdade eles correm num flash que minha lembrança não acompanha e na maioria das vezes nem preciso mentir, quando percebo, passou e eu esqueci. Realmente a resposta vem convenientemente com o pensamento - nada. A pergunta quebra qualquer coisa que passava na mente no momento e o que resta o vazio e a resposta perfeitamente adequada.

E o nada começa a tomar conta do espaço. E dele! Penso se não o tivesse ao lado... O nada seria mais real do que parece nesse momento. Preciso de alguma coisa, um movimento, uma palavra, sinto necessidade de vida em momentos que parecem vagos. Mas nada! Ele parece nem estar ali, logo do lado, na verdade colado a mim. Mas mesmo tão perto, não o sinto. O espaço vazio começa a ficar apertado, eu movo meu corpo de um lado para outro tentando passar minha inquietude para ele, mas ele parece ter se acostumado com minha constante agitação. Olho para ele. E mantém o olhar fixo em algo que não consigo ver, sigo a linha do seu olhar e como já esperava, mais uma vez - nada!

Tento não mais incomodar, permanecer também imóvel e ocupar minha cabeça com qualquer outra coisa, mas a única coisa que vem em mente é tentar interagir. Mas, como sempre pressão psicológica me paralisa, e se for minha... O turbilhão parece tomar conta dos meus impulsos nervosos, e mil coisas me passam em mente.

Quando percebo estou acordando, ele diz que vai embora, já está tarde. Como dormi? Porque não aproveitei só um pouco mais? Eu podia dormir outra hora. Adormecer pareceu ser plena perda de tempo. Deixei de aproveitar um pouco mais, ou não. Mais tarde senti saudade, lembrei do corpo sempre quente que aquecia minhas costas e mão grande sob minha barriga. Senti um o vento gelado nessas noites de chuva vindo de onde ele se retirou. Era tudo que eu precisava, dormir aquecida pelo teu calor por mim não percebido, mas que sopra ausência assim que decide sair.


Não mais por muito tempo, voltei!


Estou eu voltando como sempre à rotina que tanto me embrulha o estômago. Que mulher estranha! O que bulhunfas eu estou fazendo aqui? Alguém pode me explicar? Aquelas cadeiras acolchoadas de azul marinho me desestimulam tanto quanto o lugar e o assunto abordado. Parecia como sempre que eu era a única perdida naquela sala quadrada. E comecei a reparar nas paredes, na falta de móveis e no mau gosto do lugar. Como de costume assumi meu posto de voadora! De repente a voz falando não mais era a mesma. Volto de meus devaneios e começo novamente a ouvir do que se trata o assunto. Que revolta a dele! Porque isso? E parece que agora todos estão inquietos e ela, se altera, grita, faz um bico depois calmamente tenta contornar a situação. Tarde demais, os dois servem de chacota para os presentes. E ela volta ao assunto, falando qual a roupa adequada para usar. Da ética profissional e tudo mais. Que eu lembre, acabou de ter um ataque com sei lá o quê, ou seja, falta de ética. Tudo bem. Outra ao seu lado repete sobre o que vestir, diz não ter haver com vaidade, diz não se importar com isso. Não? Caso esteja errada me corrija! Mas esse blazer que está usando está em alta, mesmo não combinando com nada do resto do figurino, o blazer foi de bom gosto, mas as peças parecem não casarem. Continuam falando muito e quase nada importa, e eu mais uma vez cansei de prestar atenção. Voltei a imaginar coisas, que nem eu sei o que eram, mas estavam me mantendo quieta naquele lugar por mais um tempo. Peguei o cel e digitei uma mensagem que havia planejado enviar dois dias antes e passou pelo sentido. Enviada. Olhei o cel por mais alguns segundos esperando que algo acontecesse. Nada! Lembrei que sabia o número de cabeça, de tanto discar, mas não estava em minha agenda. Resolvi gravar. Se um dia alguém precisar... Mas quem iria precisar de um número na minha agenda? Deixa pra lá, gravei mesmo assim. Ouço alguém perguntar se estou entretida mais uma vez com jogos no cel. Ao meu lado, uma delas também nada interessada no assunto passa o tempo olhando o que estou fazendo, e responde: “Não ela ta fazendo outra coisa”.

O tempo parece não passar, lembro que não comi antes de sair de casa. E agora sei que o embrulho no estômago é isso. E é o que tira minha atenção no momento. Fazem um sorteio, para saber quem ficará responsável por cada grupo. E eu, desejando com todas as minhas forças que fosse alguém agradável. Recordei-me mais uma vez daquele incidente desagradável que nosso grupo passou a pouco tempo. “Entre amores e desamores, fiquei com os desamores!” Essa frase martela em minha cabeça. Desejei entender o significado daquilo, não consegui, agora prefiro acreditar que o erro não tem nada haver comigo. Fiz minha parte, estou de alma lavada. E pra falar a verdade até gostei da experiência! Agora tudo começa outra vez, e obrigada ao tempo veloz, se aproxima do fim. E pra mim, um recomeço!

sábado, 31 de julho de 2010

Adoráveis imprevistos

Mais uma noite de sei lá pra onde vou. Estava realmente precisando de falta do que fazer, mas a paz propriamente dita me incomoda, mesmo nesse tempo de calma preciso de algo que me estimule! Manter-me parada, pacata sem ter muito aonde ir ou o que fazer até que seria agradável, mas o furacão que me embrulha o estômago impede que eu chegue a esse grau de quietude.

O meu bom estado de espírito ajudou na escolha do que vestir, ou fez com que gostasse da primeira que me veio à mente. E o contraste de sempre, empolgação e maquiagem preta! Permitido que os olhos reluzissem um tom ocre, bem mais claro que o mel normalmente expresso no dia-a-dia.

E um telefonema, ou melhor, um banho de água fria, estamos sem carro. Carro? Pra quê carro? Saio todos os dias naquelas malditas lotações. Elas agora tem que servir pra alguma coisa. Feito! Agora o destino... Rodízio de massas! Rodízio? Não como mais que duas fatias em um rodízio. E alguém concorda: “Pagar no mínimo 10 fatias pra comer duas e ficar olhando os outros comerem? Barzinho? Negativo, não jantamos ainda e me recuso a ficar apenas nos petiscos. Tem um ótimo restaurante no fim da rua, a La Carte, Self Services, e uma impecável comida japonesa! Bom gosto.

Chuva! E agora? Estou de branco! Táxi, 1° indisponível, e atravessamos a rua entre carros pra isso! 2° O.K.! Finalmente o destino, certo? Errado! Lotado, e uma fila de espera quilométrica! Parou de chover, podemos optar definitivamente pela comida japonesa e aproveitar um ambiente charmosíssimo de um lugar aqui perto. Chuva!

A conversa começa a fluir como água em pedra de mármore, horas a fio. E esquecendo o que entrava em meus ouvidos. Um garçom com cara de poucos amigos nos observava. Então percebi o quão alto era o barulho das vozes em nossa mesa e não só ele, mas mais alguns nos olhavam. O que não limitou os risos a nem menos meio tom de voz.

Na volta mais de 1 hora esperando o ônibus, ainda no alto tom de voz e risadas que ecoavam nas ruas vazias. Podíamos assistir a um filme em casa. E a desculpa para permanecermos juntos colou. O filme na tela serve apenas para manter o silêncio, o sono embarca os olhares e assim o sol começa a soar outro dia.

Anjo

Jamais imaginei amar assim... e confiar tanto em um homem?! Não, meus princípios jamais me deixariam acreditar na pureza impecável que ele me passa. De fato é puro! De alma, coração, atos, gestos, sorrisos e palavras. A primeira palavra. Quão doce ela soou vinda dos teus lábios, apelido sem sentido, mas de uma sinceridade incontestável (Didi), me soou amor. E os sorrisos. Sinceros, plenos de um afeto que me faz flutuar. E mais uma vez, estou eu pagando pela boca, amando incondicionalmente um homem como jamais imaginei amar.

E por ele tudo, nada, toda intensidade me permitir experimentar. Com ele tudo é novo, experiência única a cada movimento. Não sei explicar, mas é ele que me faz sorrir até com o jeitinho, meio sem jeito de mastigar. O tempo que vá e se esqueça de passar por nós enquanto eu estiver ao teu lado, que ele me faça esse favor, me deixe contigo um pouco mais. Já que o tempo não se apressa em andar enquanto não posso te ver. Parece que se alia a saudade e se satisfazem em me ver contar cada segundo pra te encontrar.

Tão indefeso parece, e tão forte se mostrou desde o início. Gostaria de te proteger de tudo, de todos que não souberem o que fazer por ou para você. Mas não posso, nem devo, quero que prove, experimente as delícias e armaguras que te aparecerem pela vida. E cresça cada vez mais forte e mais doce como os verdadeiros homens devem ser. A você desejo eternamente a pureza que já tens e a garra que conseguir alcançar.

E enquanto tudo parece transformação para seus olhos, os meus contemplam a tua transformação. Cada passo, cada movimento, os seus braços e suas pernas parecem se esticar um pouco a cada noite de sono. Tua rapidez em querer o novo é admirável. Se me permitisse a vida, ficaria contigo e acompanharia cada descoberta.

Muda o meu dia, minha noite, por você não haveria mal humor em acordar várias vezes na noite para te consolar, e as noites nem assim parecem ser longas. O sono curto enquanto sonhas, me satisfaz. E acordo mais uma vez sorrindo ao te ouvir chamar.

Para os outros: criança. Para mim o mais precioso de todos os talismãs.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

És graciosa em cores e formas
Abrigo que embarca meus sonhos

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Antes e ainda hoje


Eram de um jeito tão similar que despertavam a curiosidade se eram além de amigas, irmãs. Talvez, mas não definida por genética e sim por laços afetivos. Juntas, descobriram um mundo inteiro a explorar, dentro de cada uma, mas mesmo assim, infinito.

As conversas eram longas... Agora escassas, culpa do destino, da distância. Antes a distância de um portão ajudava a manter contato diário, mesmo que fosse de apenas alguns minutos enquanto uma delas voltava apressada da aula noturna. E que pena, hora de entrar em casa, as noites segundo suas mães eram perigosas do lado de fora. Desculpa usada talvez só para evitar que virassem a madrugada tecendo assuntos eternos e de muito bom gosto. Obrigada!

Curtiam além de conversas, as baladas, e as mais badaladas! Não se permitiam ir a qualquer festa, já que estas lhes custavam um ritual de um dia inteiro de spa caseiro, com tudo que se tem direito. A vaidade começava da unha do pé e terminava nos fios longos de cabelos lisos, e mesmo sem necessidade chapados. A maquiagem, roupa, sapato tudo cuidadosamente selecionado para apenas uma noite de festa.

E lá, amantes da música e da dança procuravam não por príncipes, mas curtiam de verdade os pés-de-valsa, tímidos que nos davam ao luxo de uma noite inteira de troca de pés, e satisfação dual: “Que festa!”. Era tudo que curtíamos... as danças, as cantadas, e os olhares curiosos. E claro, sempre seletivas, deixavam mais uma vez no ar o mistério de quem esteve ou não com elas. Algumas vezes havia até um certo alguém que confundia quem realmente era quem das duas?!

Elas tem histórias pra contar, e que histórias. Não que possam ser ouvidas por qualquer um. Algumas só nós saberemos ao certo o que aconteceu, ao desvendá-las poupamos os ouvintes dos detalhes. Esses serão eternamente só nossos!

E apesar de dificilmente encontrá-la, ainda a admiro como antes. E sua amizade pulsa como se ainda nos falássemos todos os dias. A saudade me deixa sempre a lembrança de que é uma amizade que vale à pena!

Mulher de câncer

Ela é meio doida, qualquer coisa triste e surpreendementemente sábia. Não são extremistas como as geminianas, mas certamente sofrem, regularmente, de uma variação de humor pelo fato de que se ressentem fácil com as coisas. Das duas uma: quando elas estão apaixonadas ou são tão tímidas que parecem desinteressadas ou se insinuam de jeito delicado, feminino e enlouquecedoramente suave. Mas dificilmente serão elas que tomarão a iniciativa. O caranguejo só anda para os lados. Até porque as cancerianas temem muito serem rejeitadas e aceitam sempre muito bem repetidas confirmações de afeto. Cancerianas são assim. Dispostas a enfrentar o que for se você expressar sinceramente que está lá com ela e que ela é importante. Amarão alguém de um jeito dedicado, forte e profundo como o oceano dentro delas. Te fará rir, lhe oferecerá segurança, bem como estará disposta a sair do caminho de casa e ver onde vai dar aquela estradinha de terra. Basta que você esteja lá.

sábado, 3 de julho de 2010

SIM ou nada!

A você meu aplauso pela coragem, determinação e certa pitada de loucura mascada com um poder feminino que facilmente exala de você. Não economiza esforço quando quer e muito menos polpa patadas quando não quer. Metralhado com o olhar reprovador dela, ele baixa a guarda deixa cair as armas e facilmente ela torna a conduzir a situação.
Criticada por ser tão vulnerável à situação ela se deixa parecer o cordeiro indefeso posicionada de costas ao predador. Engane-se! Ela é seu próprio refúgio. De indefesa só se deu ao luxo de obter a máscara de cordeiro, todo resto é concreto, firme e forte, soldado pronto pra batalha.
Não é questão de querer, ou não querer, caso você aceite ou não, não é opção, muito menos você escolhe. É sim ou não, nada além disso. Ela jamais te dará o espaço de se colocar como opção, e muito menos de se impor como solução. Caso aceite o contrato será bem vindo, ou recusá-lo estará desperdiçando esse furacão feminino que explode sentimentos vontades e principalmente seu dom: IMPOSIÇÃO!
O silêncio desacelera aquele que vinha tão decidido a derrubá-la em um primeiro golpe, e as palavras levantam seu ego e seu ser pequeno, torna-se aparentemente gigante diante da grandeza que estremece das tuas palavras firmes.
Admiro-te ser tão semelhante a mim, honramos a herança genética que corre semelhante em nossas veias e assim depois de tanto tempo, ao conhecer-te vi facilmente o olhar imponente de quem sabe o quer e principalmente, corre para alcançar!
RAY!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Com licença

Você pode, por favor, me dar espaço e me ouvir (ou talvez, mandar eu me calar)? Mas ainda quero espaço, espaço suficiente pra eu pelo menos passar, não vou pular a janela, quero porta aberta de verdade. E que seja do comprimento e largura que me encaixe, nada mais e nada menos que isso! Espremer-se pra passar em lugares cada vez mais estreitos cansa. Gosto de coisas difíceis, mas ta ficando difícil demais... Se der pra facilitar 5% de cada vez eu agradeço.

Sua vida não é tão pequena assim, eu sei. Andei reparando nos detalhes e descobri que ainda tem um espaço tão grande que me caberia quantas vezes desejasse entrar, mas você não facilita. Quando chego à porta, ela fecha, até mesmo a janela e continua traçada, ainda consigo ver a chaminé no alto, mas está alto demais pra alguém que com seu comprimento mínimo se esforça para que as pernas curtas alcancem ao menos subir os degraus. Não vou mais parar e te esperar sair, agora eu quero entrar.

Eu também estou tentando, ando me esforçando para aproveitar as frestas. Quero ir mais longe, chegar mais perto, quero mais, muito mais, mais confiança de ambos os lados. É bom te sentir assim tão perto de mim, mas pare só dessa vez e espere que eu chegue perto de você.

Já gritei demais, falei demais, já errei horrores e agora quero a paz do silêncio e da fala mansa que herdei daquele velho que admiro. Colabore! Na maioria das vezes não consigo me expressar e minha impulsividade não ajuda em NADA, mas estou disposta a deixar tudo isso de vez.

Qualidade minha... Aquele velho e teimoso poder de decisão. Caso aceite, te darei um pouco dele e em troca, se permitir receberei uma lasca de paciência. Afinal, to precisando. Esses dias, esse vai e vêm ta me revirando o estômago, consumindo a paz que costumava ser também qualidade.

Sempre falo demais quando é você o ouvinte, mas continuo esperando respostas que parecem nunca existir. Suas palavras mudas confundem tudo aqui dentro. Parece que se misturam em atos inesperados e acabo entendendo tudo errado. Fale, prometo me calar e ouvir tudo que quiser dizer. Mas, por favor, diga. Esse silêncio que tu exala, grita de um jeito que chega a me ensurdecer.

Dê-me a opção de pelo menos dessa vez estabelecer um diálogo, esses monólogos que eu já estabeleço frequentemente comigo não cabem entre nós dois. Prefiro de coração te ouvir falar muito, qualquer besteira, me critique, dica que estou errada, que não sei o que estou dizendo, seja claro, direto, se é isso que quer dizer não economize palavras, melhor faladas que perdidas.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Homem de Câncer

O nativo de Câncer certamente é um homem que leva a sério o antigo conselho de sua mãe de nunca falar com estranhos. Dificilmente você vai conseguir enxergar a alma de um canceriano nos primeiros contatos: ele estará muito fechado para isso. Eles são literalmente caranguejos, o símbolo do signo. Essa carapaça na qual se escondem é, aliás, elemento chave para entender esses carinhas.
Tem dias que o canceriano está recluso dentro de si próprio e você não vai conseguir arrancar muita coisa dele. E há também dias em que ele sai da carapaça deixando mostrar todo o esplendor dos sentimentos bons e genuínos que possui dentro de si. Eles correspondem a típica expressão da pessoa que "é de lua". Mas não é uma variação de personalidade tal qual a do geminiano, nem os extremos de abuso do ariano... Com os cancerianos é sempre uma questão de humor que o afeta de um jeito hoje e de outro amanhã. Eles dormem chateados e acordam de bem com a vida. Então se você pegar uma briga feia com eles algum dia, dê um tempinho pra eles digerirem tudo em seu recluso próprio para depois pedir desculpas.
Ah! Lembra que eu disse que ele nunca esqueceu do conselho da mãe dele? Então. Talvez ela seja um problema na sua vida. O nativo de câncer na grande maioria das vezes são altamente apegado a suas mães, uma verdadeira veneração. Então vai demorar (e talvez nunca) para ele destroná-la do posto de rainha. Vez ou outra ele vai te bombardear com: "Minha mãe tempera assim...", "Minha mãe fazia desse jeito", "Minha mãe dizia que assim azeda mais rápido". E deve ser chato ouvi-lo te comparar com a sua sogra. Então se você não pode com o inimigo, já sabe né... o jeito é aliar-se a ela.
Here's the thing: o homem de câncer pode ter vários namoros ao longo de sua vida, mas pode, em nenhum deles, ter se sentido realmente apaixonado. Não é fácil para uma mulher estar a altura dos desejos desse cara. Ele conserva padrões elevados e, prestem atenção, la no fundo o que ele quer mesmo é se casar com uma mulher semelhante a que seu pai se casou. Ou seja, a mãe dele. E na realidade eles próprios possuem instintos maternais e, por isso, prezam pela sagrada instituição da família.
Um amor pra toda vida? O homem de câncer será uma excelente escolha.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tu es ma came!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Calcinhas

Em resumo, conversas! E é isso, mas com a livre e espontânea pressão que a amizade exige, extrapolamos nossa sei lá o quê que nos mantém em contato. Dicas, desabafos, saudade, fotos muitas fotos, detalhe esse se trata de paixão de ambas e os homens... Ah homens, esses rendem boa parte do nosso tempo em cada encontro.

E essa união tão distante ainda nos permite trançar os laços de afeto que nos torna cada dia mais perceptivelmente amigas. Perigo essas duas! De comprar bolsa, sapato, meia, blusinha e maquiagem, calça jeans nada haver com nada do guarda-roupa inteiro, de todos os absurdos sem noção e utilidade, de falar horas a fio de qualquer banalidade da vida de cada uma ou mesmo da de um alguém qualquer, dos desejos de um futuro nada próximo e talvez do passado não realizado, de um amor pra vida toda, do homem perfeito que precisa ser moldado e finalmente dos eternos namorados.

Elas não se encaixam na arquitetura restrita de amigas de baladas ou coisinhas em comum, são mais que isso, evoluíram de um olá de pai e mãe para um entrelaçar inteiro de famílias com direito ao atrevimento, nada permitido de minha parte, de chamar a MINHA mãe de mãe (ponta de ciúme). Mas o fato acabou sendo aceito com gosto por mera falta de opção.

De amiga passou a ser um colo, um ninho, um conselho, umas muitas baladas, um aconchego meio irmão, uma inútil reclamação, uma lembrança eterna do valor real da fusão amor-amizade, uma consultora de moda, uma lembrança de andar de bicicleta por toda cidade, um vago gostinho de brigadeiro, pizza e pipoca, um sorriso e aquele abraço símbolo de saudade, uma vitrola meio antiga responsável pelo despertar de um bom som, uma opção irreversível.

Aprenderam juntas a embalar os mais diversos assuntos em conversas saudáveis que fluem por um longo tempo, tempo esse que parece sempre curto. E falar daquelas histórias nem pensar, queimação de filme geral, isso tudo a gente abafa e comenta quando der vontade e/ou surgir mais uma oportunidade.

E ainda lembro-me daquela gente invejosa que não sabe ter amigo e quer um mundão em torno de si tentando movimentar esse espaço entre a gente. Que por sinal, de nada serviu tanta fofoca, agitação e má vontade. Tudo foi levado a pagode de nossa parte, na verdade acabou rendendo boas risadas da inveja alheia e coitados levaram ainda a má fama consigo como carga de tanta bobagem.

E o motivo de um scrap no Orkut, uma fofoca inventada por depoimento tem valor de saudade, de necessidade de contado e nem sempre reflete o interesse pelo assunto. Ela é o alguém que vem e vai e nunca deixa de estar aqui, sabe perfeitamente o valor de sermos e representarmos tudo isso. É o bom anexo no email, ou seja, nada mais que o detalhe gracioso do assunto.

O homem de Gêmeos

Se ela estava acostumada com a segurança do abraço quente de um taurino, então deve estar completamente desesperada com o enlace do geminiano. Acontece que esses caras são imprevisíveis e, por isso, não conseguem ser uma fortaleza. Se você for num show, por exemplo, ele pode sair pra pegar uma bebida e voltar apenas uma hora depois com a maior cara de suspeito como se ele fosse à razão da banda ter parado de tocar (geminianos são perigosamente curiosos. Provavelmente ele tentou desvendar o mecanismo elétrico da caixa de som e não conseguiu montar novamente).

Sabe aquele desejo da gente de ter alguém com quem possamos contar sempre? Pronto. Os geminianos definitivamente não nasceram para satisfazer essa necessidade. E não é por mal, coitados, é que você simplesmente jamais vai saber ao certo onde eles estão, até porque nem eles mesmos o sabem. Isso não significa que você vai carregar o relacionamento sozinha. Não. Na realidade você terá duas pessoas de braços dados a você e, vale dizer, ambas são o geminiano. Ah, eu não disse? Existe mais de uma pessoa dentro deles e que podem vir a tona de acordo com o clima (aquele dentro da cabeça deles, claro) .

Um dia ele te trará presentes, te levará para um concerto de música, vai te entreter com a grande diversidade de conhecimentos que ele possui, exalando toda inteligência, desenvoltura e empolgação que raras vezes você encontrou numa pessoa. Nesse dia pode ser que ele te diga "te amo" de formas que você jamais imaginou, deixando-a completamente inebriada. E de fato eles são fascinantes quando querem.

É uma pena, no entanto, saber que na meia-noite de hoje já vai fazer uma semana desde o dia que ele te ligou pela última vez. Acostume-se e prepare-se para ser acometida por várias dúvidas a respeito do amor que ele sente por você. Mas não se exaspere. Basta ele chegar com o jeito fascinante dele nesse final de semana que você já esquece de tudo. É sempre assim.

Para conquistar esses discípulos da interrogação você tem que ser capaz de subir os níveis de adrenalina dele. Nada de tédio e monotonia. A inconstância da personalidade dos geminianos deve ser uma característica com a qual você saiba viver e, de preferência, é bom também que você saiba mudar junto com ele. Quanto a fidelidade ele será fiel a sua maneira. É impossível impedir que as meninas avancem sobre estes seres que nasceram com um magnetismo próprio.

Os nativos desse signo buscam, sobretudo, companheiras mentais que consigam acompanhá-lo no seu intenso exercício de raciocínio. Amar um geminiano é fácil e até divertido, contanto que você não queira compreende-lo.

Ele? Louco apaixonado inconseqüente, sem noção do certo e do errado, sem censo do comum e do inesperado, simpático... Conquistador barato, de fazer babar, de falar sabendo cantar e encantar, de prender a atenção pelo jeito de olhar. Sempre embriagado, num sorriso largo, esparramado de sentimentos e entrega, enfeitado de beijos e desejos.

Sem saber fingir, deixa-se ver em moldura estranha, de um colorido opaco, de um medo inseguro de não acreditar que é bom o bastante. Absurdamente imperfeito. O que faz o errado tentando agradar, o que quebra as regras em prol do sorriso desejado, o que não espera o futuro e arrisca no presente, esquece que todo mundo tem que mudar e decide mudar sozinho, sem se preocupar se está certo, acreditando apenas ser o melhor a fazer.

Vivo e criador. Criador de um pouco de todos, criador de um eu, criador de outro, que mesmo imperfeito faz-se aos olhos dele a dita perfeição. Conhecedor de si próprio, construído espelhado nos seus interesses e vontades. Guiado pelo amor a todos, esquecendo-se da essência de ser maravilhoso. De ser mente e curiosidade, ágil e voador. É ele o dono das asas da jovialidade.

Disperso de tudo que o rodeia, e preso a tudo que não lhe pode escapar... portador da dualidade.

Ele: amor e ato de amar. Romântico e pirado que chora com baladas, que ama sem vergonha e sem juízo, que passa a noite em claro, conhece o gosto do raro. De amar sem medo de desilusão. Esse tal romântico de olhar fascinador é o tipo de espécie em extinção.