domingo, 26 de setembro de 2010

Mas ela diz que apesar de tudo ela tem sonhos,

Ela diz que um dia a gente há de ser feliz

Se Deus quiser!

Janaína (Biquini cavadão)

domingo, 12 de setembro de 2010

Péssima atriz

Só queria alguém, não sei quem, mas queria... Já que não consegui a troco por um tempo. Um tempo pra que!? Pra mim. Não, não preciso pensar. Ando pensando tanto que não sou mais a mesma. Nada de impulsividade, euforia, histerismo. Mesmo assim, continuo não sendo nem um pouco atriz. Ainda não sei fingir. Mudei mesmo, dessa vez a coisa toda tá diferente. Muita gente nem percebeu sabe! Eu é que sinto isso. Agora não sei mais se ando sentindo errado ou se o costume daquela criatura explosiva tomou conta da situação. A sensibilidade a flor da pele deu também um tempo, e ultimamente sou meio fria, meio calculista, ou mais. Resumindo! To me sentindo meio estranha, um peixe fora d’água.

E pra completar não só eu mudei, aquele que comento tá mudado também. E como ando confusa nem sei dizer se é pra melhor. Sei que não gostei. Ou não me acostumei ainda. Ele sempre tão caloroso, “serzinho” aconchegante, anda distante. Sinto que a convivência meio que diária extrapolou um pouco uma coisa de um para o outro. O problema é que enquanto eu falava tudo que não devia, ele ouvia, engolia e passava. Agora sou ouvinte, e não passa! Ta doendo cada vez mais, a ferida ta sendo cutucada e parece inflamar um pouco de cada vez. E a dor de tão forte anda percorrendo além dos limites da cicatriz.

Talvez só não esteja acostumada com mudanças, e tantas acontecendo assim de uma vez só tomba um pouco a vida. Só queria não deixar que me machuquem tanto assim. Mais alguém não. Achei que estava tentando, e mais que isso que estava conseguindo algo diferente. Mas as coisas parecem estar regredindo a um nível mais baixo que começou. E o único bem, não é tão bem assim. Ele que me ouvia atento, hoje critica até meu silêncio que tanto pediu.

E mais. Não mais aceita minha personalidade forte de que tanto me orgulho, conseguida com esforço que só eu sei, nem as vontades, nem meu sonho, que de tão antigo estava esquecido, e minha dor parece não mais importar, não fazer tanta diferença assim, talvez tenha se tornado também banal assim como tantas outras coisas (sentimentos), e eu e ele, tá tudo evoluindo pra uma regressão do cuidado que tanto apreciava. Meus conselhos antes tachados como bons, dignos de futuro, agora passaram a ser nomeados “crítica”.

E o tempo que preciso nem é tanto assim pra mim, só quero ver se a ferida fecha um pouco, torna-se menos exposta, menos acessível. Enfrento melhor as coisas, quando pareço mais forte.

Conto

Enquanto todas elas sonham em serem princesas de seu próprio castelo. Com príncipe, fadas, sonhos, cores e flores. Ela anda tentando apressar os passos pra não perder a carruagem, não deseja sentar-se no aconchegante espaço interno, levemente acolchoado e coberto de cetins e franjas. Essa pressa que envolve suas pernas deseja chegar até as rédeas. E Conduzi-la.

Alternar os caminhos, seguir por onde tiver vontade. Passar das conversas nem sempre oportunas do interior da carruagem, para o doce cheiro do vento banhado da liberdade. A liberdade que parecia tão distante, foi encontrada no lado de fora, tão perto. No banco da frente! Por ela abriu mão do conforto, dos cabelos sempre arrumados, da maquiagem intacta durante toda a viagem, das roupas impecáveis, sempre elogiadas e até invejadas.

Respira fundo a cada passo longo, tenta a cada batuque do sapato no chão recuperar o fôlego e chegar mais perto. As rédeas balançam contra o vento dificultando tocá-las. Pensa em desistir quando o coração acelerado começa a mostrar sinais de fraqueza, parece parar e retomar o fôlego como se tivesse acabado de começar a correr.

E ao segurá-las sentada sob o cavalo, como tanto desejou, o sorriso largo esconde a mágoa no peito. Sorri como se nunca houvesse sorrido antes, o sol forte queima a pele clara e lembra o quão suave parecia do lado de dentro. Mas mesmo sabendo que a solidão rodeia o posto de condutora... Ela agora parece mais perto de si. No tão sonhado reino: liberdade!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Saber Conhecer

Perguntas. Respostas... E novamente perguntas! Admiro inconstantemente palavras. Excepcionalmente as ditas, de maneira suave, fluida, as incessantemente pensadas, faladas com a precisão de quem sabe o porquê, quando, onde e a quem dizer. Questão de inteligência. Pense. E explore seu consciente, subconsciente, ouse ir o mais longe sua mente se permitir explorar.

Como dizem os sábios: “Beleza atrai, conteúdo prende!” Não apenas o conteúdo predeterminado que adquirimos com os livros, assuntos abordados em escolas, universidades, bibliotecas e acervos. Esse tipo de conhecimento é fácil, acessível, muitos o têm, mas quanto mais explorar VOCÊ mais sábio será. Independente no que for, seja bom! Bom o bastante para se sentir elogiado interiormente. Faça! E ao terminar sinta que está bom o bastante para sentir o elogio vindo de seu próprio senso crítico. Não importa quantos te digam que está muito bom. Se você mesmo sente que pode estar melhor. Refaça!

Inteligente não é aquele que te prende a atenção durante uma ou duas horas em uma palestra sobre algo que ele explorou por anos e sim aquele que diz duas palavras e te faz lembrá-las por toda vida. Ouço falar em bons advogados, escritores, médicos, pessoas que durante anos aperfeiçoaram seu conhecimento e hoje fazem dele profissão. E tiro como exemplo o que aperfeiçoa não o reconhecimento e sim o que refaz todos os dias o amor pelo que faz.

Ouço atenciosamente aqueles que exalam inteligência no olhar, no vestir, no passos cansados de um dia difícil, olho-os com atenção, muitos levam a paz em gestos simples. Pessam sobre si mesmos, em ser melhor, continuar querendo o que hoje tem: vontade!