domingo, 12 de setembro de 2010

Péssima atriz

Só queria alguém, não sei quem, mas queria... Já que não consegui a troco por um tempo. Um tempo pra que!? Pra mim. Não, não preciso pensar. Ando pensando tanto que não sou mais a mesma. Nada de impulsividade, euforia, histerismo. Mesmo assim, continuo não sendo nem um pouco atriz. Ainda não sei fingir. Mudei mesmo, dessa vez a coisa toda tá diferente. Muita gente nem percebeu sabe! Eu é que sinto isso. Agora não sei mais se ando sentindo errado ou se o costume daquela criatura explosiva tomou conta da situação. A sensibilidade a flor da pele deu também um tempo, e ultimamente sou meio fria, meio calculista, ou mais. Resumindo! To me sentindo meio estranha, um peixe fora d’água.

E pra completar não só eu mudei, aquele que comento tá mudado também. E como ando confusa nem sei dizer se é pra melhor. Sei que não gostei. Ou não me acostumei ainda. Ele sempre tão caloroso, “serzinho” aconchegante, anda distante. Sinto que a convivência meio que diária extrapolou um pouco uma coisa de um para o outro. O problema é que enquanto eu falava tudo que não devia, ele ouvia, engolia e passava. Agora sou ouvinte, e não passa! Ta doendo cada vez mais, a ferida ta sendo cutucada e parece inflamar um pouco de cada vez. E a dor de tão forte anda percorrendo além dos limites da cicatriz.

Talvez só não esteja acostumada com mudanças, e tantas acontecendo assim de uma vez só tomba um pouco a vida. Só queria não deixar que me machuquem tanto assim. Mais alguém não. Achei que estava tentando, e mais que isso que estava conseguindo algo diferente. Mas as coisas parecem estar regredindo a um nível mais baixo que começou. E o único bem, não é tão bem assim. Ele que me ouvia atento, hoje critica até meu silêncio que tanto pediu.

E mais. Não mais aceita minha personalidade forte de que tanto me orgulho, conseguida com esforço que só eu sei, nem as vontades, nem meu sonho, que de tão antigo estava esquecido, e minha dor parece não mais importar, não fazer tanta diferença assim, talvez tenha se tornado também banal assim como tantas outras coisas (sentimentos), e eu e ele, tá tudo evoluindo pra uma regressão do cuidado que tanto apreciava. Meus conselhos antes tachados como bons, dignos de futuro, agora passaram a ser nomeados “crítica”.

E o tempo que preciso nem é tanto assim pra mim, só quero ver se a ferida fecha um pouco, torna-se menos exposta, menos acessível. Enfrento melhor as coisas, quando pareço mais forte.

Nenhum comentário: