sábado, 10 de abril de 2010

Do pó ao pó...

Antes passiva, pacata...hoje frenética e ansiosa! Amando demais, sonhando demais, perdoando, ERRANDO, fazendo, lendo, escrevendo, estudando, vagabundando, vivendo, amadurecendo demais... ando sendo tão intensa que nada me cabe mais por dentro, as coisas estão começando a extravasar e por mais que procure novas partes pra guardar, não cabe! O inesperado não se conforma em me consumir apenas uma parte ou pelo menos metade, tudo que encontro me digere como todo, e o medo que tanto me gostava, acho que esqueceu da amizade que nos apertava o peito, e não mais enxerga o perigo que ando me metendo: AMOR. E agora essa luz que me encandeia enquanto ando, me cambaleiam os passos, os atos e pensamentos, não me deixando mais enxergar o que via com tanta clareza. Não sei mais ser tão passiva, paciente! Seria bom esperar tudo acontecer, cada coisa ao seu devido tempo, hoje desejo desesperadamente controlar cada segundo que me escorre pelos dedos, desejo de verdade poder estar ou não presente em cada lugar e claro saber sempre conduzir as coisas daquele jeito sempre favorável ao meu gostar.

Pertenço agora a uma vida bem mais agitada, cheia de altos e baixos, de incertezas agora bem maiores, cheias de sorrisos e lágrimas que me cercam por dias inteiros. Mas ainda sinto falta de conversas na madrugada que não faziam sentido, mas me tomava todo tempo que desejasse e não me permitia pensar bobagens, era bom o doce som de um sorriso e do adeus que passava a certeza de que não duraria nada mais que o dia seguinte e assim deitar e dormir, sem precisar pensar no dia que passou e nem cogitar um futuro. Futuro... naquele tempo, ele que viesse, e tanto fazia o que queria trazer, o presente já me era o bastante e ele que esperasse tempo que fosse para tomar lugar no espaço que não deixava pra mais nada.

E hoje a parte vulnerável disso tudo me cansa os instintos, aparentemente indiferente, e por dentro um novo fervilhão de tudo que me fragiliza. Não posso mudar as regras, nem conduzir a carroça... só sendo extremamente equilibrada para manter-se imutável diante do incerto (AMAR) e definitivamente NÃO SOU.

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