segunda-feira, 12 de abril de 2010

Um bem, meu bem

Aqueles caras que andavam aos trancos e barrancos amando saias e blusas e corpos e tudo mais, nem de longe passavam perto do que ela é, e sabe-se lá porque insistia em procurá-los, em mantê-los por perto. Sempre tirando o proveito mínimo que te ofereciam, achando que era tudo que se tinha, que não havia nada melhor que aquilo, sorrindo por uma mensagem ou um elogio que quase sempre não fazia sentido.

Esqueceu mesmo de reparar o singelo olhar que a rodeava e secava tudo além da vista: o ser! Aquele engolia a seco o som dos passos dela na calçada. Essa coisa toda é a receita clara e evidente do que ela sempre precisou. Ele com certeza saboreia toda saliva que passa através de um beijo de boa noite, e pede que cada segundo passe voando para que mais uma gota encerre a noite seguinte.

E ela? Ah ela agora parece viva... os olhos brilham ressaltando a maquiagem que nunca tinha ousado experimentar antes, nenhuma cor parece tão suculenta.Como descobriu esses tons de verdes e vermelhos? Como ele faz tudo isso? E ainda tem o abraço, que independente de quando carne envolva, recobre tudo que sente em seu corpo, parece que tudo que fica por fora daqueles braços não te pertence mais.

Essa é a parte que ela não sabia sobre ela mesma, essa é a parte da sua vida que jamais imaginou viver, essa é a vida que só a felicidade consegue narrar sem palavra alguma. Eh... ele consegue deixá-la em pedaços e refazê-la como se nada tivesse saído do lugar.

Agora ela navega nessa imensidão toda que te gerava pânico e descobre que sabe REaMAR !

Um comentário:

Joyce disse...

Meu DEus...que coisa mais linda!

Sabe o que me impressiona mais?O tão profundo detalhe de coisas.

Perfeito.Obrigada.